“Instrumento que, por meio de uma lâmina afiada, era usado para decapitar os condenados à morte. Condenação à morte por decapitação.”

Ela recebeu esse nome em homenagem ao médico francês Joseph-Ignace Guillotin, que, ironicamente, era contra a pena de morte. Ao perceber que ele não podia fazer as pessoas largarem a ideia da pena de morte, Guillotin tentou criar um mecanismo que permitisse uma morte rápida e, consequentemente, não tão dolorosa.

Não sei por quê, mas já tem um tempo que eu ando pensando bastante nessa palavra. Talvez seja a sonoridade, o significado que ela carrega ou até a história por trás dela?

Às vezes parece que eu fui condenado à guilhotina e não me lembro direito de quando foi, só consigo pensar que já faz um tempo que perdi completamente a minha cabeça. E, quem sabe, o momento tenha sido tão rápido e, supostamente, indolor, que eu nem sequer me recordo dele. Não foi um momento muito marcante. Ou talvez tenham sido vários momentos marcantes que se sobrepuseram e embaralharam as minhas memórias. Agora eu nunca mais vou saber quando foi que morri, mas o motivo eu já imagino.